Em 2016, após oito longos anos a aguardar as necessárias autorizações, foi concluída a recuperação do edifício pré-existente na Quinta dos Abibes e a construção da adega. Um ano de terríveis desafios, marcado também pelos incêndios florestais que rodearam a propriedade e invadiram o bosque contíguo às instalações.
A expressão dessas memórias foi concretizada na criação de um vinho – edição única – obtido a partir de três lotes de Cabernet Sauvignon. Daí a sua designação: um conclave de três para eleger um único. A intemporalidade que se associa aos percursos, por vezes penosos, de projectar, desbravar, criar e construir, expressa-se na ausência de aposição do ano de colheita.
Estagiado em barricas de carvalho francês e, posteriormente, um ano em garrafas (exclusivamente “magnum”), constitui no imaginário da Quinta dos Abibes o ponto a partir do qual esta se emancipou, passando a produzir e a engarrafar todos os seus vinhos na propriedade. São 1.800 garrafas numeradas, expressando na rotulagem o primeiro esquisso do projecto de reconstrução da casa da Quinta, respeitando integralmente a traça e a arquitectura do edifício original.