DESDE 1792…

Nos trabalhos preparatórios de engenharia civil, achou-se uma pia de pedra calcária, soterrada junto ao velho lagar de granito, com uma inscrição datada de 1792, actualmente exposta no pateo da entrada. As subsequentes pesquisas, com o valioso contributo da Câmara Municipal de Anadia, permitiram desvendar parcelas de história da Quinta dos Abibes, então Quinta da Murteira, desconhecidas pelo actual proprietário aquando da aquisição da propriedade.

“Meia-noite no relógio de Aguim. Toda a povoação dorme (…) Desde a vindima passada, há-de fazer esta um ano, que me anda perseguindo. Diz que ficou morrendo por mim desde uma tarde que eu cheguei, e outra companheira, com os nossos cestos de uvas à cabeça, ao lagar da Murteira, onde ele andava pisando e cantando ao desafio…”
In “Mil e um Mistérios, Romance dos Romances”, António Feliciano de Castilho, 1845.

Situada em Aguim, existem, assim, referências coevas à produção de vinho na Quinta desde o século XVIII. O sopé na encosta a noroeste da serra do Buçaco, de onde se vislumbra a Cruz Alta, acolhe histórias do vinho e projecta vinhos com história. E é aí que, desde 2003, dez hectares de terra até então de há muito abandonados, reataram, desde a drenagem profunda e a correcção dos solos até à plantação da vinha, o trajecto que actualmente se expressa nos vinhos “QUINTA DOS ABIBES”.

ANTES & DEPOIS

Um paralelismo entre o primeiro dia em que o actual proprietário visitou a Quinta dos Abibes no estado de então e os dias de hoje...